Confissões (42)
Edir Pina de Barros
Confesso, se releio as tuas cartas,
sentir saudades de teu cheiro e gosto,
lembranças que a distância tem me imposto,
nas noites longas, de tristezas fartas;
e quanto mais, de mim, te vais, apartas,
e fico assim sem ver teu meigo rosto,
aumenta o meu sofrer, o meu desgosto,
que fico a ruminar, feito as lagartas
que vivem entre as folhas dos quintais
nas verdes ramas desses mangueirais,
cumprindo o seu destino, o seu fadário.
Também rumino aqui as minhas dores,
calada, feito santos nos andores,
por conta desse amor, que é meu calvário.
Edir Pina de Barros
Confesso, se releio as tuas cartas,
sentir saudades de teu cheiro e gosto,
lembranças que a distância tem me imposto,
nas noites longas, de tristezas fartas;
e quanto mais, de mim, te vais, apartas,
e fico assim sem ver teu meigo rosto,
aumenta o meu sofrer, o meu desgosto,
que fico a ruminar, feito as lagartas
que vivem entre as folhas dos quintais
nas verdes ramas desses mangueirais,
cumprindo o seu destino, o seu fadário.
Também rumino aqui as minhas dores,
calada, feito santos nos andores,
por conta desse amor, que é meu calvário.