LAMENTO DE UM VELHO PROFESSOR
Tenho pensado muito no futuro
Por já saber bastante do passado,
Pois sou um pobre desgraçado;
Tenho servido de lixo para o mundo.
Não tenho amigo, sou um desprezado;
Não tenho valor senão de um vagabundo;
Vivo sozinho triste neste mundo;
Não tenho consolo nem dos desgraçados.
Alguém pensa que eu sou tão felizardo?
Quem me tem em conta algum valor?
Não sabem onde nem como estou.
Se alguém soubesse quem eu sou,
Embora em seja um simples professor;
Não sou como outrora, mas sou só um fardo.
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Este soneto foi resgatado através de sua irmã Anita Cezária Esmeraldo da Silva, puxado de memória entre um momento e outro de lucidez.
Entre um papo e outro, ela declamou este soneto acima transcrito, pelo menos umas quatro vezes.
Reeditado, desta feita em sua real categoria. Anteriormente fazia parte de um artigo.