"Malabarista do sinal vermelho"
Descreve-me ao vermelho o espaço entre as paisagens
esparsas tanto quanto o descontentamento
que lépido avermelha o andar do pensamento,
o andar silente ao som ligeiro das paragens.
E andante eu vou pensando e penso em movimento
preciso e encorajado, impulsionado às margens
da possibilidade em sair das imagens
que a paisagem do olhar agrega ao orçamento.
Carente a arte minha envida toda sorte
exausta por servir sem ter direito ao sono,
sequer um condimento ou algo que a conforte.
A invisibilidade escreve o meu destino
descrito em tom vermelho esparso do abandono;
sem pai, logo aprendi ser adulto e menino.