Soneto a Théophile Gautier
Sinto a febre esquentar-me o corpo,
Numa plenitude métrica de burguês.
Transcrevo a alma do belo francês
Théophile, Na vastidão dum copo,
Cheio de fé, e café amargo ao topo!
A métrica prazerosa em português
Leva-me ao Parnassus com torquês
Ereta! O prazer carnal é meu escopo.
As musas formam gozo em elipse...
Ó prazer vulgar em pleno eclipse
Lunar. O soneto não passa de chamariz
Estético. Isto não passa de arte pela arte
E rimar para as musas faz parte...
A paixão não passa de mera atriz!
Fortaleza – CE 30/5/13
Extraído do livro: Poesias sobre um Vivente.
Dedicado à todos Sonetistas Cearenses!