A PAZ DO PASSAREDO
Odir Milanez
 
 
Pousa um pássaro pardo no jambeiro.
Espia, pia e pousa um outro mais.
Agora, aos bandos, bicam-se pardais
à procura de vaga no poleiro.
 
Ocupando-lhe a copa por inteiro,
são sonatas ao sol, dão-se aos corais
aos seus raios, da noite nos umbrais,
num adeus contumaz, demais festeiro!
 
Há voaços e pulos no copado.
Outra rama não há que lhes acoite,
mas aos poucos se postam lado a lado.
 
O vento enverga o verde em breve açoite
e logo beija brisa. Sossegado,
o passaredo a Deus dá boa-noite...
 
 
JPessoa/PB
01.06.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos passarinhos...

 
oklima
Enviado por oklima em 01/06/2013
Reeditado em 01/06/2013
Código do texto: T4320316
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