(Vistas sobre o Rio de Janeiro e a Baía de Guanabara. Foto tirada no Parque da Cidade, Niterói)

 




CREPÚSCULO EXTASIANTE

No ocaso que pinta o céu de laranja e vermelho,
Bebo a poesia da hora dourada que serpenteia,
Morre a ténue luz sobre o mar, parece um espelho,
Surge a saudade que nos velhos sonhos vagueia.

Pousa nos ombros do céu, o sol que tanto amou o dia,
A luz cansada, como ave, ruma ao ninho que a espera,
E já se escondeu no horizonte, em negra e ténue linha,
Serão iguais a noite e o dia, até que a alvorada impere.

Oh, luz que surges tão bela no céu, és suave sinfonia,
Levas esta pena a escrever seresta plena de emoção,
Inspiras-me acordes, de mim tu arrancas melodia,

Em sussurros dissonantes me faço sonata e canção...
Nada se compara a esta luz dourada que m' embriaga,
A este céu que extasia e deixa minh’ alma dilatada!


Ana Flor do Lácio

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 01/06/2013
Código do texto: T4320315
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