VIDAS QUE NAVEGAM...

Em mar bravio, itinerante "Nau", a esmo navega,

velas velhas e rasgadas, que o mastro não sustenta

a solidão no convés, se faz funesto, baldio e temeroso

é navio fantasma, com cheiro de morte, em noite danosa...

vida como um barco, destemperada também vagueia,

sem rumo e desolada, é alma que suspira - não almeja

é ilha solitária, insólita e perdida, desvanece corroída

sem sinal de dor, sem sinal de vida, sem vento, sem nada...

Caravelas e vidas, navegam em seus vãos destinos,

os ventos rechaçam a fragata, vento é alma, é sopro da vida,

que sombria e lutuosa, em tristezas congêneres - sucumbem...

solidão que margeia a vida, que não se faz atracada

o medo do vazio, retrai o receio de amar, ser feliz,

distante é a vida da alma, como a naufragada fragata...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 01/06/2013
Reeditado em 01/06/2013
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