Minhas dores.
Versos entre aspas: Do poeta imortal, Augusto dos Anjos.
“ Cansado de chorar pelas estradas ”
Sem ver qualquer resquício, algum sinal,
“ Exausto de pisar mágoas pisadas ”
Já me apercebo do começo do final.
Sem ver banquete nem nunca um comensal,
Tantas pisadas dadas, poucas estradas,
Amor se esvaiu ser dar nenhum sinal
Nem paz nem luz são mais pra mim as fadas.
A boca que me beijava hoje me escarra
A mão que me afagava me apedreja
No meu peito a dor cruel craveja,
Minha sorte, nas desilusões esbarra.
Em meio a tantas mágoas e dissabores,
“ Hoje eu carrego a cruz das minhas dores! ”
JRPalácio