Igapós zen
Lago silencioso salta um surubim
Na lamina d’ água a borbulhar mapará
No igapó samaúma breu piquiá
Haicais aldravias madrigais rondel mindim
Mui poemas gaivotas tuiuiús sabiá
Curió patativa roxo japiim
Matrixã jaraqui mandi curimatá
Vitória-régia no aquático jardim
Um surubim emergindo bem acolá
Silenciosamente mergulha - enfim
Docemente flutua o doce içá ibá ingá
E no horizonte alaranjado sem fim
Quem sabe um dia meu olhar chegue lá – quiçá
Eu e minha canoa vivemos tal – confim!
Luiz Alfredo - poeta