Soneto para os meus olhos

Fiz do sol um memorial em vós

do nascer à morte; até a ressurreição

Fiz das estrelas vosso brilho, e um cós

para não cairdes o olhar até o chão

Tatuei esses ciclos em vossas meninas

Até que se tornou impossível descrever

Ai de mim, das minhas manias e sinas

Se não fossem os meus olhos sempre a ver

Sois, de longe, meu maior detetive

Logo vedes quando vai-se o amor querido

Quase sempre meu ouvido ignora

Agarrado nos delírios que mantive

A vós minhas desculpas - e um pedido:

Não percais o vosso brilho de outrora.

Jacqueline Rezende
Enviado por Jacqueline Rezende em 31/05/2013
Reeditado em 31/05/2013
Código do texto: T4318484
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