Quase soneto de um instante
Desfilas com vestido insinuante
Com os olhos despido num instante
Desdenhas com o frio olhar soberbo
Palpita-me quente o coração ermo
Sussurra em silêncio me aprecie
Me apresso aos sentidos te estudo
Qual mapa percorro detalho tudo
Os montes vales toda superfície
Escrava do olhar que a ti abraça
Escravo da beleza que ora exala
Sabendo-te distante um dia amá-la
Súbito desvio o olhar pra outra cena
Momentos sons imagens a cidade acena
Passastes qual tudo na vida passa