Apelo (4)
Edir Pina de Barros
Nem sei por que de mim tu te debochas
se logo vens com teu perfume e cheiro,
de um jeito muito mais do que faceiro,
com teu chapéu, perneiras e galochas,
do modo que se veste um pantaneiro...
E os teus olhinhos negros, duas tochas,
- da forma como sonham as cabrochas -
olhando os seios meus, tão sorrateiro.
Se tu me zombas por que me procuras
com teu jeitinho, cheio de mesuras,
a provocar, assim, os meus desejos?
Por que não vens desnudo, desarmado,
e deixa o corpo teu abandonado
no corpo meu, liberto desses pejos?
Brasília, 29 de Maio 2013.
Livro - Estilhaços, p. 33
Edir Pina de Barros
Nem sei por que de mim tu te debochas
se logo vens com teu perfume e cheiro,
de um jeito muito mais do que faceiro,
com teu chapéu, perneiras e galochas,
do modo que se veste um pantaneiro...
E os teus olhinhos negros, duas tochas,
- da forma como sonham as cabrochas -
olhando os seios meus, tão sorrateiro.
Se tu me zombas por que me procuras
com teu jeitinho, cheio de mesuras,
a provocar, assim, os meus desejos?
Por que não vens desnudo, desarmado,
e deixa o corpo teu abandonado
no corpo meu, liberto desses pejos?
Brasília, 29 de Maio 2013.
Livro - Estilhaços, p. 33