À ESPERA DESSE AMOR
Odir Milanez
À espera desse amor que não me vem,
no sonho onde ela existe à noite escuto
a sua voz ao vento revoluto,
e vivencio o vulto de ninguém!
Angustiando o amor não sei por quem,
da noite visto o vasto véu do luto,
vendo a vida morrer cada minuto
d’uma espera hibernal do nada além...
Espreito o escuro e vejo o que não vejo.
Crio um corpo que corpo não contém
e desvairo dos sonhos nos voejos.
Tão somente o soneto se mantém
parceiro passional do meu desejo,
à espera desse amor que não me vem!
JPessoa/PB
29.05.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...