CIPRESTES...

É tarde nesta tarde em despedida

Da luz do sol, do azul do céu profundo...

E, longe, no horizonte já perdida,

Esvai-se derradeira ao fim do mundo...

As cores em amálgamas, sortidas,

Não lembram que esta tarde cai no fundo;

Remetem às primaveras tão floridas,

Plantadas com esplendores tão fecundos!...

Depois que a tarde morre tão divina,

Estrelas pelo céu tão cristalinas,

Acendem nas abóbadas celestes!...

A noite, porém, hoje é negra e nua;

A Lua pelo céu sequer flutua

A noite é qual a sombra dos ciprestes!...

Arão Filho

São Luis-Ma, 28/05/2013