Mágico ternar.
Vislumbrei tua tez grácil na efígie
Outrora de estampa bem ocultada.
Ensejei tua pele, na crua espécie.
Adorei-te sem vestes, na lente oculta.
Tua alvura, adiante, quero vagar!...
Fulgura teu semblante; minha jura
Te penso d'uma forma tão pura.
— Por que vens do longínquo a ternar?
Poetizas finda cura, primorosa.
Na pétala impura da nobre rosa.
Suavizas nos dons; afiado lírio...
São mágicas, as cores; da figura.
Serena e acabada contextura...
Rendo-me ao teu corpo; — delírio!
(Airton Ventania)