Mágico ternar.

Vislumbrei tua tez grácil na efígie

Outrora de estampa bem ocultada.

Ensejei tua pele, na crua espécie.

Adorei-te sem vestes, na lente oculta.

Tua alvura, adiante, quero vagar!...

Fulgura teu semblante; minha jura

Te penso d'uma forma tão pura.

— Por que vens do longínquo a ternar?

Poetizas finda cura, primorosa.

Na pétala impura da nobre rosa.

Suavizas nos dons; afiado lírio...

São mágicas, as cores; da figura.

Serena e acabada contextura...

Rendo-me ao teu corpo; — delírio!

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 28/05/2013
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