NOBREZA
Que me permitas espalhar-me em teu avesso,
e mergulhando decifrar-te o mais secreto,
desvirginando toda a essência desse afeto
que tu esparges com trejeito tão travesso.
Deixa que eu leia tua origem, o começo,
que chegue em ti ao embrião, em pleno feto,
que até o presente, eu acompanhe teu trajeto
para entender-te o intenso brilho, sem tropeço.
Ao desvendar-te, extasiado, os bons excessos
de maravilhas coloridas, eu prometo:
vou apagar-me impuras sombras, seus regressos...
E dividir os meus prazeres, meus progressos ...
E reduzir os tantos erros que eu cometo...
Está em ti o fenecer dos insucessos!