Triste Espera
A que espera na janela, saudosa espera.
Pelo amado que partiu a tantos passados
Já não chora já não se desespera
Seus sentimentos a muito rechaçados
Na crueza de uma janela solitária
Se debruça todas as manhãs, sem sossego
Já conhece todas as pedras, todas as pombas
Já conhece cada batida do seu coração, que desespero!
As naus que chegam, partem sempre
Vem e vão, abarrotas, de animais e gentes
Que buscam a gloria em longínquos estados
Deixam para trás órfãos franzinos
Filhos moços e ainda pequeninos
Esposas chorando seus valentes soldados