Triste Espera

A que espera na janela, saudosa espera.

Pelo amado que partiu a tantos passados

Já não chora já não se desespera

Seus sentimentos a muito rechaçados

Na crueza de uma janela solitária

Se debruça todas as manhãs, sem sossego

Já conhece todas as pedras, todas as pombas

Já conhece cada batida do seu coração, que desespero!

As naus que chegam, partem sempre

Vem e vão, abarrotas, de animais e gentes

Que buscam a gloria em longínquos estados

Deixam para trás órfãos franzinos

Filhos moços e ainda pequeninos

Esposas chorando seus valentes soldados

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 28/05/2013
Reeditado em 11/11/2020
Código do texto: T4312786
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