Doce Canção
Doce Canção
Chove. Sinto no rosto frescor da madrugada
Embalar os sonhos que minh’alma acalenta
O som mágico dos pingos na terra molhada
Envolve-me como uma doce canção lenta
No céu as estrelas pelas nuvens apagadas
Faz a lua se esconder bocejando sonolenta
Ante o espocar de mil e uma trovoadas
Desperto com o poder da noite cinzenta
A brisa carinhosa encontra-me quase nua
Sobre lençóis brancos de perfume sutil
No meu pensamento teu rosto risonho flutua
Trazendo a saudade do teu corpo suado
Rolo insone tudo é vazio e me parece hostil
Choro no presente o que perdi no passado
Norma Bárbara