Eterna Érato

Voo em pensamentos para o teu doce colo,

E se pudesse voo nenhum mais eu alçaria;

Eu seria o teu mártir e tu a que me salvaria,

Não como a Pietà, seria nosso bom consolo.

Se eu fosse como ave da arte da falcoaria,

Me alçava ao céu e não mais viria ao solo,

Pois a minha vontade é igual a de um tolo

Que ama viver em uma simples calmaria.

Pois sem a tua mão para me guiar na vida,

Sou eu como quem se perde em nevoeiro

Denso; nada eu vejo, me sinto em dúvida.

Pois é do teu lado que quero ser fagueiro,

Doar a minha alma sem nenhuma dívida

E viver o amor como se fosse o primeiro.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 27/05/2013
Reeditado em 27/05/2013
Código do texto: T4312286
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