MERGULHO

MERGULHO

Joyce Sameitat

Pelas fímbrias que ornam sonhos numa escadaria;

Vou me elevando por ela ao universo com lentidão...

Soltando as peias e dando total asas a imaginação;

Enquanto visualizo a lua que derrama sua prataria...

Ela desarma meu ser escondido com sua luz nua;

Picota bastante a minh'alma ao seu bel-prazer...

Algo morre dentro de mim para outra renascer!

E tão surreal e formosa como é... A própria lua;

Faz o cerne da alma com toda força florescer...

Criando rios de tênue luar dentro do meu ser;

Trazendo dos confins do universo, iluminação...

Estrelas aos milhares brilham em minha face...

Paro então no meio da escada num impasse;

E sonhando mergulho dentro desta cintilação...

SP - 25/05/13