A voz (in)vento

Vem vento, vem veloz! Vem vozes, vem voando

valente e vai a vós valsando e versejando,

vivendo a vez vivida em vulto, em vão e envida

a voz vociferada, e aviva a vez vendida.

- Vem voz, vem vindo! Avisto a vastidão vagando

ao vento varonil, valentes vão à vida,

e em vós vem vozeando o vulto e envenenando

a voz vociferada e valente; e vestida.

Vozes várias vem vê-la em vela vã e altiva,

valores vêm versando o verso vil vertido

em voz, em vulto; em vento inverso e aviltado.

Vorazes vozes vão ao vento revestido,

vencido em vida, em vós velado, e reaviva...

E a voz reveste o vento ao vê-lo desvairado.

Jean Marcell Gomes Albino
Enviado por Jean Marcell Gomes Albino em 27/05/2013
Reeditado em 27/05/2013
Código do texto: T4311721
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