Expiação

Não vim debelar o corpo da mulher pantera

Que terminas na iniqüidade da aldeia

Em teu velo amoral a verdade se incendeia

No crônico tédio do ósculo que impera.

Caço na tua cama de mais soberba sereia

Planando sob incógnita trama que desespera

No gozar após sombrio enleio que prospera

Acima dos mortos com sangue que sombreia.

Pois a sânie, a carcomer meu coração

De estéril deserto no peito da mocidade

Mas enquanto a pedra alva fere na cidade.

Suas presas me esfolam no leito da perversão

Lívido, sujo, negativo, perdido na contrariedade

Sem medo de perecer nas trevas da iniqüidade.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 30/03/2007
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T431144
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.