QUANDO O SERTANEJO CHORA...

Notando a tristeza aos olhos do sertanejo
Sem água prá beber, um prisioneiro que vejo
Embalam as dores n’ alma os olhos marejados
E das lágrimas caídas dá de beber a seu gado.

Sente a miséria a vir compreende ser a sorte
Não teme este guerreiro sem arma a morte!
Engana a si próprio pra não magoar aos pequenos
E dá graças de por juntos viver ainda ao enceno.

A vida é ingrata a este herói derrotado
Sofredor e não aceita por mísero ser tratado.
Em louca é a vida desditosa ao malfadado.

Vê chegar ao término e já nada mais existe
Apenas os filhos que dos mesmos não desiste
A fome, sede, missão de dor em que persiste!

BARRINHA 27 de maio de 2013 – 02; 09
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 27/05/2013
Reeditado em 28/05/2017
Código do texto: T4311073
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