PROFUNDO...
Ainda que mirrados meus sonhos,
Procuro esboçar a reação concreta,
Transmutando minha luz dispersa,
Nos diáfanos véus, medos tamanhos.
Esse desalojar de mim amedronta,
Por não me dar o mar leve, sereno,
Para plausíveis erros e lamentos,
Um cair de anjo ou gárgula medonha.
Na liberdade do primeiro me vejo,
Sentindo-me na inércia da segunda,
Entre desejos de uma mente fecunda.
Posto que de ti fiquem os sobejos,
Dessas ondas que a mente assunta,
Mar de sonhos em que me afundas.