PROFUNDO...

Ainda que mirrados meus sonhos,

Procuro esboçar a reação concreta,

Transmutando minha luz dispersa,

Nos diáfanos véus, medos tamanhos.

Esse desalojar de mim amedronta,

Por não me dar o mar leve, sereno,

Para plausíveis erros e lamentos,

Um cair de anjo ou gárgula medonha.

Na liberdade do primeiro me vejo,

Sentindo-me na inércia da segunda,

Entre desejos de uma mente fecunda.

Posto que de ti fiquem os sobejos,

Dessas ondas que a mente assunta,

Mar de sonhos em que me afundas.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 26/05/2013
Código do texto: T4309921
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