ANSEIOS DE UMA VIDA
Ainda que inclementes tuas palavras
Não me aflige mais a tua esquivança
Pois em minh´alma ainda há esperança
De apagar-se aquele rio de lavas.
Pois tu que sofra ânsia e lassidão
Tu desolar-se a erma atrevida
Não se importar se vai haver comida
E se chorar que exploda o coração.
E se tu evaporar na lida insana
Que fique com tua alma desumana,
Em meio a desventura e sem perdão.
Melhor que vaze a tripa a ferro e fogo
Que essa chama apague a tua lamúria
E a ferro queimar-se a tua injúria.