Assim és tu, assim eu sou

Onírica é a pena airosa e mui pequena,

e grande e tão luzente invade o céu fremente

ao palpitar que encena a voz do sentimento;

ao todo que aqui dentro escreve ao tom da pena.

É tema, mas é rema; é tudo em cada cena

que o verso diz cantar e encanta minha virtude

à tez da juventude, ao fel que não é rude,

e encerra sem cerrar o fim que em mim começa.

Tal como aquela peça onde a cortina acende

a vida impulsionada às letras, que encenada,

são luzes à criança e cor à esperança

que o beijo inesperado afirma em aliança:

O sonho tão versado em pena, em fantasia,

fez-se amor realizado em ti, minha poesia.

Dedicado à ilustre poetisa Priscylla Maia.

(Soneto experimental)

Jean Marcell Gomes Albino
Enviado por Jean Marcell Gomes Albino em 25/05/2013
Código do texto: T4308791
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