CARMA DO SENTINELA
Ludibriou a moça, emanando sua graça,
Imaculou seu alvo nos lençóis de linho.
Embriagou-se bebendo do proibido vinho,
Traçou o próprio destino quebrando a taça!
Ocultou-se em meio a nuvem de fumaça.
Com digitais dela em seu pergaminho,
Seguir os seus rastros pelo caminho...
É o preço há pagar por toda desgraça.
Alta madrugada, em trevas se revela,
Tem o seu instinto feroz aflorado!
Arde o espinho na carne do sentinela...
Cumpre seu carma vagando exasperado!
Alcançou paz aproximando-se de uma vela.
A luz nívea do dia... Não há corpo velado!
Christinny Olivier