FLUIR

FLUIR

Joyce Sameitat

Na barca da noite vai meu ser balançando;

Todo dourado para não sentir escuridão...

Enquanto a chuva chora com brusquidão;

Pensando poder ir assim me afogando...

E o vento dançante de imediato aparece;

Fazendo que a noite apareça nublando...

Enlaça com o frio em tiras, me cortando;

Olhando sombria para ver o que acontece...

A alma se debrua de luzes bem pálidas;

Descortinadas na paisagem presente...

E é só pura tristeza que meu ser sente!

Nas águas que nada tem de cálidas...

Desmancho minha vida tão sem razão;

Deixando flutuar na chuva toda solidão...

SP - 22/05/13