A um profeta

Até quando pretendes enganar a vida,

Fazendo vangloria desse teu estandarte?

Tu, que enganas os veios desta verdade,

Saudando como velha amiga a ignóbil mentira!

O fim da carne já o aluíra. Que razão

Esta para fazer-nos crer: A morte!

Tu, esqueceste que vida é sorte,

Pois reside, açoitado por este aguilhão?

Já fez-se sol antes desta trama,

Reluzente vivo em chamas — Como uma dama!

Para tirar-lhe as verdades do teu canto.

E é fim páreo a este drama,

Privando-lhe da glória tua fama...

Irreversível pranto — É outro dia, Santo!

ps: "tomei base textos como 'A um poeta' de Olavo Bilac e de Antero de Quental"

Daniel Reis
Enviado por Daniel Reis em 23/05/2013
Reeditado em 22/03/2015
Código do texto: T4304790
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