Coroa de soneto IX
IX
Dentre o nosso momento da saudade
Porém perfeitamente eterno e triste,
Senão eu hei de amar-te, nunca existe
Nada me impede a falta, na verdade.
Antes, mas ias ver a outra maldade
Não! Que o homem desgraçado! Tu sorriste!?...
Meu amor traidor! Por que me viste?
Ah Deus! Foras tão má em deslealdade!
Amei-te tanto, até tremi com choro
Doía meu coração, o peito morto
Fui pálido e raivoso! Quis ter morte!
Depois, então recordo e não te adoro
Escreve-me uma carta, sem aborto
Promete-me a paixão, mas bela e forte.