EU SOU TUDO O QUE O TEMPO VAI APAGAR
Eu sou tudo o que o tempo vai apagar;
Sou matéria composta pelo pó,
De que vou ser um nada sem ter dó,
Que nem memória vai sequer restar.
Pelo tempo que ainda me faltar;
Como irei desatar tão triste nó?
Se terei tal destino a ver se pró
Buraco tenha o que poder levar.
Temo que não será mesmo possível;
Por mais até que tente assim fugir,
Não posso alcançar o não acessível.
Mas na hora de ter mesmo de partir;
Tudo aquilo de que sou perecível,
Espero que consiga ao céu subir!