SONETO PARA OS INVEJOSOS
Do quão já levo a ser tão invejado;
Nestes males de que tanto me querem,
Na alma e coração de que mais me ferem,
Que levo a ser por alguns odiado.
Que são uns meros tristes desgraçados;
Em que distorcem tudo o que me lerem,
De tanta maldição, coração terem,
Pese um dia, possam ser bem castigados.
Que apenas cavarão sua sepultura;
Por mais que sejam mesmo poderosos,
Nunca em vida estarão à minha altura.
Mas se pensarem estes mentirosos;
Talvez possa acabar tanta loucura,
Nos olhares tão podres, rancorosos!