A SAUDADE
Os dias, contados em anoiteceres
de ausências, ensinaram-me, por fim,
o quê é saudade. É dor de mim,
de falta da doçura dos teus dizeres.
É dor da falta dos meigos brilhos
dos teus olhos, do tom da tua voz,
dos sons que se ausentaram de nós
e me deixam assim como pai sem filhos.
A saudade é alegria que deveria,
mas não pode ser. É um tipo de vazio
preenchido por manhã sem ter um dia.
É um querer de pura nostalgia.
É como o andar de um cão vadio,
sem rumo, sem pressa, sem fantasia.
Os dias, contados em anoiteceres
de ausências, ensinaram-me, por fim,
o quê é saudade. É dor de mim,
de falta da doçura dos teus dizeres.
É dor da falta dos meigos brilhos
dos teus olhos, do tom da tua voz,
dos sons que se ausentaram de nós
e me deixam assim como pai sem filhos.
A saudade é alegria que deveria,
mas não pode ser. É um tipo de vazio
preenchido por manhã sem ter um dia.
É um querer de pura nostalgia.
É como o andar de um cão vadio,
sem rumo, sem pressa, sem fantasia.