ASSOMBROSO

ASSOMBROSO

Joyce Sameitat

De vez em quando me sinto sem sentido;

Fecho as cortinas da lua que só zomba;

Brincando de tirar da luz a minha sombra;

Enquanto brumas me volteiam com alarido...

E na noite que segue e em mim tomba;

Minh'alma se protege de forma faiscante...

Meu ser se torna então um belo diamante;

Enquanto o que ocorre em mim assombra...

Me sinto bem só e vago meio que errante;

Procurando em todo outrora o que antes;

Inebriava tanto o meu jeito sereno de ser...

Percebo que virou cinzas e o vento levou;

Alegrias que o tempo com a mão apagou;

Viraram uma lousa que ao branco voltou...

SP - 21/05/13