QUIMERAS DA SOLIDÃO
Eu, por você, viro beija-flor
Pois os teus lábios quero beijar;
Quero, em mim, sentir o teu calor
E do perfume me inebriar.
Eu, por você, viro pescador
Pois no teu mar quero me afogar;
Quero morrer pelo teu amor
E, como a lua, te namorar.
Perdoa amor, esse meu desejo,
Perdoa-me, pois te roubo um beijo
Na quimera da mi'a solidão.
Perdoa, pois fui um bardo fraco
Que, da musa, furtou um retrato
E, amargo, escreve na solidão.