Trajes da Alma


Nos colóquios e em relances,
Nas entrelinhas dos gestos,
Entre os olhares funestos
Despe-se a alma em nuances...
 
A aparência reluzente
Simula um sopro gentil,
Exala aroma sutil,

Guarda mensagens veementes...
 
Podem os brilhos das vestes
Ofuscarem a consciência
Serem barro e não riqueza...
 
E, sem apelo que reste
Percebe-se as pequenezas
- Traje d’alma: pobre essência!