Soneto I _Incompreensão
Tere Penhabe
Arrombo as portas da incompreensão,
No afã de desvendar algum segredo,
Espinhos que causaram vil degredo,
Que fez ao grande condor ser falcão.
Eu nada encontro, só conformação.
Ninguém é nobre por tecer enredo.
No céu a ave não é refém do medo...
Liberdade... será só uma ilusão?
Talvez, mas só talvez... (para a razão).
Não se ouse sufocá-la:- É demência!
Quem quer viver com paz no coração...
Deitando um sonho rico ao léu e afora,
Ao destino é mera displicência,
Quando se acorda é passada a hora...
Santos, 25.03.2007
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