Confissões (38)
Edir Pina de Barros
Confesso, com tristeza, o meu cansaço
de amar sem ser amada vida afora,
sentindo esse vazio, feito agora,
maior do que o abismal e escuro espaço;
eu canto o amargo canto de quem chora
e sente o gosto amargo do fracasso,
deixando minhas marcas onde passo
sem esperanças de qualquer melhora.
Confesso! Sem recatos, sem pudor,
a dor dessa tristeza que me arrasa,
deixando-me mais só e mais vazia.
Porém arranco versos dessa dor,
que fez do corpo meu a sua casa
plantando na minh’alma só poesia.
Tela: Fongwei Liu
Edir Pina de Barros
Confesso, com tristeza, o meu cansaço
de amar sem ser amada vida afora,
sentindo esse vazio, feito agora,
maior do que o abismal e escuro espaço;
eu canto o amargo canto de quem chora
e sente o gosto amargo do fracasso,
deixando minhas marcas onde passo
sem esperanças de qualquer melhora.
Confesso! Sem recatos, sem pudor,
a dor dessa tristeza que me arrasa,
deixando-me mais só e mais vazia.
Porém arranco versos dessa dor,
que fez do corpo meu a sua casa
plantando na minh’alma só poesia.
Tela: Fongwei Liu