DEPENDÊNCIA

DEPENDÊNCIA

Joyce Sameitat

Estranha cadência que com displicência;

Toma conta de cada passo que debocha...

Do ritmo d'alguma música com irreverência;

Que ao meu ser encanta e até desabrocha;

Em poças de flores e variados perfumes...

Que piscam cheirosos em vaga-lumes;

Enquanto o corpo marca sua cadência;

Com muita leveza e certa impertinência...

E na suavidade ritmada de tantas flores;

Minh'alma inconsciente fluidifica amores;

Que verte pelos olhos com frequência...

E num tapete felpudo de sonhos dourados;

Tenho todo o meu ser e coração marcados;

Pelo amor que me causa total dependência...

SP - 16/05/13