QUEM SABE (Do Beijo e Desterro).
Entre as paredes escuras,
Do peito em leve sereno,
E tudo que não seremos,
De nossas doenças a cura.
Reviver estes compassos,
Ter outros vãos desafios,
Lembrar teus olhos e fios,
Entre as franjas o espaço.
Às vezes as fiz desalinhos,
Singelos e puros carinhos,
Talvez o meu maior erro.
Talvez deveria da maldade,
Ter usado do amor, por crueldade,
Abusado do beijo e desterro.