À GELO E FOGO...
Sonhos bons eu sei que tiveste,
Não tão longe no tempo assim,
Mesmo sem aquele amor por mim,
Sei. O desejo, ainda assim, ti veste.
Sei, também, por vezes me esqueceu,
Qual uma folha seca que cai ao relento,
Porém tudo isso eu entendo,
Algo agora nasce, mas algo morreu.
Uns pensamentos imaturos,
Que, por ser de ti, assim aturo,
Substituo por uma espécie de chama.
Pois a natureza impõe seu pulso,
Fogo ou gelo, em mesmo punho,
Ambos queimam a pele insana.