PLENITUDE
Não há mais em meu rosto a juventude
Meus olhos já não brilham joviais
Mas, antes se escurecem em solitude,
À sombra tão ciméria dos meus ais!
Meu corpo já cansado, em quietude,
Parece se eximir pelos umbrais,
Na âncora da morte, em lassitude,
Parece ter chegado aos seus finais...
Eu sei que a vida é suma plenitude;
Visita nossa ao belo, á pulcritude,
Porém, infelizmente, solta á sorte!
Talvez, daqui a pouco, no ataúde,
Meu corpo perecido não se ilude,
Não sonha, não tem dor, beijou-lhe a morte!...
Arão Filho.
São Luís-Ma, 16/05/2013