O POETA E A VÊNUS
Olhava o poeta uma escultura,
Seminua em mármor luzidio,
A lançar-lhe no dorso o olhar vazio
Como no escuro a lâmpada procura.
Quis saber quem usou lâmina pura
Nessa deusa a nudez em desafio.
Era Vênus de Milo toda em cio,
E do puro erotismo a brancura.
Começou a escrever versos maiúsculos
Na mulher escultural - como Bocage
Em sonetos de amor e de desejo.
Num frenesi de membros e de músculos
Debruçou-se abraçando a fria laje
E, esquentando-a, expirou n’último arquejo.
__________
Veja e ouça (violino)
CARMEN
http://www.youtube.com/watch?v=L44QmaY4_VA
Ária Cantada
Solo
http://www.youtube.com/watch?v=8w9yJdkeryI
Olhava o poeta uma escultura,
Seminua em mármor luzidio,
A lançar-lhe no dorso o olhar vazio
Como no escuro a lâmpada procura.
Quis saber quem usou lâmina pura
Nessa deusa a nudez em desafio.
Era Vênus de Milo toda em cio,
E do puro erotismo a brancura.
Começou a escrever versos maiúsculos
Na mulher escultural - como Bocage
Em sonetos de amor e de desejo.
Num frenesi de membros e de músculos
Debruçou-se abraçando a fria laje
E, esquentando-a, expirou n’último arquejo.
__________
Veja e ouça (violino)
CARMEN
http://www.youtube.com/watch?v=L44QmaY4_VA
Ária Cantada
Solo
http://www.youtube.com/watch?v=8w9yJdkeryI