ESTRUME
E queira Deus que eu seja imune
Dessa loucura, que já me assume
Queria lá morrer pelo meu gume
Vagas ondas a minha vela enfune
Lobuna pele, em uma boca grune
Olhos já rebrilham pelo negrume
Neste covil desta gruta sem lume
Desta alcateia, que aqui se reúne
Meu despautério não me arrume
Que em cada hora me desaprume
Flagelar ao couro qual pele brune
Se, ou pelo vício, ou pelo costume
Por quem se acosta pelo estrume
Aos santos porcos, jamais se une!
Valdívio Correia Junior, 15/05/13