UM DISPARO NA MADRUGADA...

Ouço pela madrugada o derradeiro brado

lamúrias e plangores de um vagido lamento

uma dor que escorre pelos sentimentos

da paixão derruída, tirana em matiz insípida...

dominado pela ganância em melancólica prece

encontro os meus torpores diante de um corpo gélido,

ardente com desprezível ódio, no teu fecundo instante

em seu desencanto, esbravejava ao relento seu pranto...

prisioneiro de sua ignorância, enfrenta agora seu instante

tua culpa agora notória se faz, o medo agora te zomba

germina e apoquentam teu berço de luto, teu leito da morte...

manifesto aos teus escombros, minhas lágrimas de sangue

no perdão dos teus olhares, com sua arma, muitas almas levou

morto também por um tiro, levou seu mal, sua fúnebre vida...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 14/05/2013
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