A PRINCESA E O POETA
De tanto te amar não te adivinho.
Cada encontro é sempre novidade.
Apenas, quando distante, sozinho,
é que te construo à minha vontade.
Eu te olho, te escuto, teu corpo tateio.
A cada vez e outra vez te descubro
inesperada flor, que, sem qualquer receio,
me brinda com os cheiros de outubro.
Assim não fosse, não serias princesa,
mas de minha alma uma mera presa,
jogada nos calabouços escuros
que fazem parte da insana história
do triste poeta. Serias apenas memória
para um punhado de versos obscuros.
De tanto te amar não te adivinho.
Cada encontro é sempre novidade.
Apenas, quando distante, sozinho,
é que te construo à minha vontade.
Eu te olho, te escuto, teu corpo tateio.
A cada vez e outra vez te descubro
inesperada flor, que, sem qualquer receio,
me brinda com os cheiros de outubro.
Assim não fosse, não serias princesa,
mas de minha alma uma mera presa,
jogada nos calabouços escuros
que fazem parte da insana história
do triste poeta. Serias apenas memória
para um punhado de versos obscuros.