SONETO DA ÚLTIMA ESTAÇÃO

Foi na última estação do trem de outono...
Ventos de adeus e lágrimas de contorno... 
Lembro daquele beijo recolhido na boca...
Do vestido de algodão flor rosa e flor roxa...

Prantos cálidos eles calam não se falam...
Mas aos dias e sem mais dias assolaram...
Porém havia a cotovia de saudades e dor...
Em galhos de esperas o pássaro beija-flor...

Não mais se acharam, não mais amaram...
Não mais colheram e não mais plantaram...
Sem catedrais, sem os sinos e sem vitrais...
Sem capelas e sem as telas, sem castiçais...

Foi na última estação do trem de outono...
Ventos de adeus e lágrimas de contorno...



http://www.youtube.com/watch?v=wgA8eE5lotk









             
Alma do Poeta Azul
Enviado por Alma do Poeta Azul em 14/05/2013
Reeditado em 29/07/2015
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