SONETO DA REVELAÇÃO DO SER ANIMAL,
Em ti, viajo, na noite longa, silenciosa,
como uma abelha na flor,detrás do vidro,
meus desejos,se faz arma quente,belicosa,
que meu ser racional,perde-se no meandro.
Nesta hora,olhos só vê,curvas derrapantes,
animal que habita o ser,do cárcere é liberto,
faz o brilho dos olhos, lívidos reluzentes,
que do sonho acordado, me desperto.
Sinto tão grande,minha óbvia pequenez,
que meus olhos culpo,de tal pecado,
e se perdoado for desse ato indelicado.
Liberto-me de vez, dessa insensatez,
deixo-me de viajar e, sonhar acordado,
para redimir,do ato insignificante delatado.