VERSO VAGABUNDO

Um verso vagabundo sem destino,

rondava a mente insana do poeta;

enquanto solitário, o pobre esteta,

trabalhava o poema vespertino!

Com ares pueris e libertinos,

o verso de maneira mui discreta;

tinha nesse quatorze, a sua meta,

embora um tanto quanto repentino!

Ele não ousara ser a chave-de-ouro,

para fechar com primazia o texto

em questão, o nosso clássico soneto.

Em seus dias tão tenros, quanto louros,

ele tinha como maior pretexto,

eternizar-se assim num poemeto.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 13/05/2013
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