A UM AMOR IMPOSSÍVEL...
Ah... pobres versos que atirei ao vento,
Vagas lembranças de uma juventude,
Rimas de amor, de ira e de lamento,
Cantos deste simples coração rude.
Pobres rimas, fujam do mundo atento
Em ferir, quem seus padrões não alude.
Sois incultas, mas não mendaz acento,
E cônscias da minha pouca virtude.
Vós sois minhas testemunhas diretas,
Do amor que por esta mulher sustento,
Mortais angústias que sabeis secretas.
Direis do meu pesar contínuo e lento,
E quanto, quanto a amo, rimas diletas,
Ah... pobres versos que atirei ao vento...